Setor cresce rapidamente, mas enfrenta desafios para manter sustentabilidade no longo prazo.
Basquete e futebol continuam como os esportes femininos mais rentáveis.
As receitas globais do esporte feminino devem superar US$ 2,35 bilhões em 2025, segundo uma projeção da Deloitte Global divulgada no último dia 18 de março. O número representa um aumento expressivo em relação a 2024, quando o setor atingiu US$ 1,88 bilhão, ultrapassando a estimativa inicial de US$ 1,28 bilhão.
O principal motor de faturamento será a receita comercial, que deve somar US$ 1,26 bilhão, representando 54% do total. Esse crescimento é impulsionado por maior reconhecimento de marcas, engajamento dos fãs e novos patrocínios. Transmissões devem gerar cerca de US$ 590 milhões, enquanto vendas de ingressos podem alcançar US$ 500 milhões.
Entre os esportes femininos mais lucrativos, o basquete lidera, com expectativa de gerar US$ 1,03 bilhão, ou 44% da receita total. O crescimento é atribuído ao aumento de público, maior venda de produtos e investimentos em infraestrutura. Já o futebol ocupa o segundo lugar, com projeção de US$ 820 milhões, representando 35% das receitas do setor.
Crescimento e passos futuros
De acordo com a Deloitte, manter esse crescimento dependerá de estratégias claras e novos modelos de negócios. América do Norte e Europa continuarão liderando o mercado, movimentando US$ 1,39 bilhão e US$ 420 milhões, respectivamente. Regiões como Ásia-Pacífico e América do Sul também têm espaço para crescer.
Organizar equipes femininas de forma independente pode atrair mais investidores e acelerar a profissionalização. Grandes eventos, como a Copa do Mundo de Rugby Feminino no Reino Unido em 2025 e a Copa do Mundo Feminina da Fifa no Brasil em 2027, também devem abrir novas possibilidades comerciais, especialmente para o futebol feminino, que segue em expansão.